A Anvisa determina novos procedimentos para o tratamento dos resíduos gerados na área de saúde



A Anvisa passa a exigir treinamento dos profissionais dos órgãos de limpeza para a
prevenção de acidentes e risco de contaminação. 
A partir de 15 de julho deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a
exigir que hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios e outras unidades de saúde cumpram
as exigências legais para manejar, tratar, acondicionar e transportar o lixo gerado, desde o
momento da produção até o destino final.
Necrotérios e farmácias são responsáveis pelo lixo gerado

Os agentes geradores de resíduos da área de saúde deverão se adequar às regras dispostas na
Resolução nº 33, de fevereiro de 2003, que dispõe sobre o Regulamento Técnico e a
destinação final dos resíduos de serviços de saúde. De acordo com a resolução, desde postos
de saúde, farmácias, necrotérios até clínicas veterinárias serão responsáveis por todo o lixo
que gerarem. Esses locais têm que seguir normas que garantam a proteção dos profissionais
que trabalham diretamente com o gerenciamento dos resíduos, constituindo um conjunto de
procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas,
normativas e legais.

O objetivo é minimizar a produção de resíduos e proporcionar ao conteúdo gerado, um
encaminhamento seguro, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde
pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. De acordo com o consultor técnico da
Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Luiz Carlos da Fonseca, a
gestão de resíduos já é necessária desde a Resolução nº 5 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), de 1993. “Nela, todo estabelecimento relacionado à atenção de saúde,
pesquisa, ensino e produtos deve atender a estas normas. Com a criação da Anvisa, a lei
determinou que é sua responsabilidade o gerenciamento de resíduos gerados nos
estabelecimentos de saúde”, afirma. 

As multas podem variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão
Os responsáveis pelas unidades de saúde que descumprirem os critérios serão punidos.
Segundo a Anvisa, a partir da vigência da Resolução, os estabelecimentos que não estiverem
cumprindo as orientações ali contidas, quando inspecionados, estarão sujeitos ao que
preconiza a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. As penalidades vão de notificação a multas
que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. 

Os resíduos devem ser separados de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas
“Cabe às vigilâncias sanitárias estaduais e municipais observarem o cumprimento das normas”,
informa Fonseca.
Uma das normas a ser cumprida, segundo a Resolução nº 33, é a exigência do treinamento dos
profissionais das prestadoras de serviço de limpeza, para que procedam com a devida
segurança para prevenir acidentes e os riscos de contaminação.

As normas para manejo dos resíduos englobam a separação, de acordo com as características
físicas, químicas, biológicas e classificação; o acondicionamento, ou seja, a embalagem em
sacos e/ou recipientes impermeáveis, resistentes a ruptura e vazamentos, contendo
identificação do conteúdo; armazenamento interno e externo e transporte adequados, em
conformidade com órgãos da limpeza pública e do meio ambiente. 
Quanto ao destino final dos resíduos, atualmente a maioria dos locais utilizam as valas sépticas
para armazenamento e descontaminação. De acordo com a Resolução, esses órgãos podem
utilizar o sistema de autoclavagem para resíduos que contenham ou sejam suspeitos de conter
agentes de risco como bactérias, fungos ou parasitas.

Aterros irregulares e geradores de resíduos serão penalizados
O sistema oferece altos índices de esterilização do lixo. Consiste em um tratamento térmico
que mantém o material contaminado a uma temperatura elevada, através do contato com
vapor de água, durante um período de tempo suficiente para destruir todos os agentes
patogênicos.

Entre os materiais que oferecem riscos à saúde humana estão os resíduos pertencentes ao
grupo A, potencialmente infectantes, de acordo com a classificação baseada na resolução
Conama nº 5, de agosto de 1993. Há nesses componentes a presença de agentes biológicosque, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apre-sentar risco de
infecção.

Ou ainda, resíduos do grupo B, contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, independente de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade ou toxicidade. Neste grupo se enquadram medicamentos ou
insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados, parcialmente utilizados e demais
medicamentos impróprios para consumo.

Medicamentos vencidos ou insumos contaminados oferecem riscos à saúde.

Fonte: http://www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arquivos/lixo_hosp.pdf

Lixo hospitalar é acumulado no fundo de unidade médica na Bahia

Do G1 BA, com informações da TV Santa Cruz


Algumas toneladas de lixo hospitalar são acumuladas no fundo da unidade médica de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, na área onde funciona o estacionamento do local.
Segundo a vendedora Rafaela Rodrigues, que trabalha nas imediações do hospital municipal, o lixo é mantido no local há mais de um mês. "Para a gente aqui é complicado, porque a gente trabalha o dia todo aqui e um mau cheiro desse é horrível', reclama.
Entre os materiais, há seringas e outros objetos cortantes, junto ao lixo comum, amontoados em containers. Na região, há 30 postos de saúde, além de maternidade e hospital. Ao todo, cerca de 20 toneladas de lixo hospitalar são produzidas por mês.
De acordo com Marcos Pinto, secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, o problema se formou por conta da falta de licitação para que uma empresa de coleta seja contratada. "Esta semana vai ser aberta a licitação e, geralmente, são oito dias úteis. Se tudo der certo, em 10 dias está resolvido definitivamente o problema", pontuou.
Fonte: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2013/03/lixo-hospitalar-e-acumulado-no-fundo-de-unidade-medica-na-bahia.html
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Animação Descarte - Lixo Hospitalar Caseiro

Classificação do Lixo - Parte I



Grupo A (Risco biológico) - engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.


Grupo B (Risco químico) - contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

Grupo C (Rejeitos radioativos) - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

Grupo D (Residuo comum) - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.



                                                                                                    Fonte: http://bionursing.blogspot.com.br/2008/12/classificao-do-lixo-hospitalar.html

Descarte do lixo

Em período de vacinação contra gripe e outras doenças o resultado de diminuição dessas é aceitável, mas já o lixo hospitalar é inevitável ter o controle desse crescimento. São agulhas, medicamentos e curativos que são descartados e muitas vezes jogados em locais indevidos. Para saber mais desse descarte assista o vídeo em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) explica os passos:




Unidade de Saúde em alerta

Na cidade de Vitória da Conquista, interior da Bahia, a desordem ligada ao lixo hospitalar é crescente e a inspeção a cerca desse fato anda fazendo com que muitos hospitais tenham mais cuidado com esse tipo de lixo, porém essa regra não se encaixa a todos. 

Uma unidade de saúde, na tarde desta quinta-feira (24/07), e pode constatar a sujeira no entorno do prédio localizado no Sudoeste de Vitória da Conquista. Ao meio do mato é possível encontrar copos descartáveis, plásticos e papeis. Mas ficou para o lixo hospitalar descartado irregularmente que mais chamou a atenção. Procurada pelo Blog do Anderson, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, no final da tarde, “já está verificando a denúncia de descarte inadequado do lixo”. “Com relação à limpeza, a Secretaria de Serviços Públicos informa que o setor de Limpeza Pública já realizou a retirada de lixo no entorno da Unidade de Saúde, mas enviará uma equipe ao local para verificar a situação. Em tempo, a Prefeitura solicita aos moradores que não joguem lixo em áreas públicas do Município, bem como denunciem o descarte inadequado de lixo por meio do telefone (77) 3420-7008”.

Risco

Além de representar um problema de saúde pública, o descarte inadequado dos resíduos hospitalares relaciona atualmente também com problemas do âmbito social. No Brasil, segundo os dados da pesquisa nacional de saneamento básico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2008, dos 5.507 municípios, cerca de 50 % possuem lixão, onde os resíduos são expostos a céu aberto, muitas vezes as margens de corregos, sem qualquer tipo de tratamento, poluindo o solo, a água e o ar, com muitos riscos à saúde da população. Quando o lixo é descartado de modo inapropriado, dirigem-se para estes lixoes e aterros. Nesses locais trabalham catadores que, infelizmente, vivem numa realidade onde o lixo é fonte de renda. Os catadores encontram-se desprovidos de qualquer tipo de equipamento de segurança individual, não possuem capacitação, nem seguem noções básicas de higiene. Desta maneira, encontram-se expostos a seringas infectadas, medicamentos fora do prazo de validade ou até mesmo material radioativo proveniente de equipamentos de raio-X ou quimioterapia.


                                            www.ricardowelbert.com.br


                                                                                       www1.sustentareengenharia.com.br